quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Arte do encontro?

"A vida é a arte do encontro", disse o poeta, meu xará. Mas falta pra ser arte a possibilidade do domínio pelo artista, o intuir, o controlar, o aprender. Todas essas coisas do lado oposto da imprevisibilidade.

Encontrar é coisa rara, misticismo, loteria. E não há domínio possível sobre o caos. Não há arte em encontrar, não acreditem nessa mentira! Já viu alguém por aí dizendo "hoje eu encontro!" e pá? Pelo menos não uma arte humana, como concebemos. Se há arte em como o universo nos concede os encontros, pouco importa, daqui de baixo o que dá pra saber é sentir. "Plim" e acontece.

Desejo e objeto na hora e lugar certo. Aumento da pressão, elevação da temperatura, ondas magnéticas, êxtase. Domínio? Nenhum. Plim-plim-plim. E como se não bastasse ser raro, tudo isso está sujeito a sutis desequilíbrios. Teoria do caos, ouviu falar? Mas arte...

Se abrir, cuidar, temer ou ter coragem é a arte que nos resta. E é muito e há muito aí. Não nego. Mas como quero falar mal, reclamo. Mas não pense que me tiro a razão por conta de um pouco de ira. Quem há de negar que desencontrar é tão mais fácil? Por vezes, tão incontrolável quanto? É quando penso que faltou compaixão em quem criou esse universo assim, desse jeito, com essa maldita brecha, com esse maldito caos. O mal-amado ainda me resolve pôr ordem na maldita gravidade. Como se não bastassem todos os pesos que já temos de carregar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Duas das piores coisas que se pode tirar de um ser humano, é a sua capacidade de se indignar e o seu desejo de construir coletivamente uma realidade diferente.

Que tipo de máquina é um especialista sem propósitos?

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Velho

- Oi.

- Só isso?

- É.

- ... hummm.

- Hum o Q?

- Nada.

- Bom você por aqui.

- Bom estar de volta.

-- Olha só... postagem 77.