domingo, 13 de setembro de 2009

Aprendi no Rio Grande do Sul

que não dá pra ter revolução sem música e comida.
E bom humor também cai bem, mas isso eu já sabia.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Beirut em Salvador

Só pra registrar: o show do Beirut aqui em Salvador (na verdade "lá", estou em Santa Catarina) foi um fiasco. Pra começar todas as atrações do PercPan foram experimentais demais, o som alto demais, longas demais, introspectivas demais. O maior pecado não foi a qualidade dos artistas mas o exagero na dose em cima de um mesmo tema, gostei bastante por exemplo da Oki Dub Ainu Band que resgata instrumentos tradicionais japoneses e os mistura com o Dub, mas em meio a todas as outras atrações tudo ficou cansativo. Programado para começar às 19:30 o show começou às 20:00 e às 22:10 ainda não tinha Beirut.
Expectativa alta, esperança de algo mais leve e harmônico, alguém que toque um pouco para o público e não apenas curta a sua viagem pessoal no palco frente a todo o público presente... bom, enfim entra o Beirut no palco, e excelente: eles vão começar com Nantes, minha preferida. Meu cérebro ainda abalado pela alegria de escutar uma música que se gosta ao vivo, direto da fonte engoliu o Nantes meia boca que foi tocada, mas daí pra frente... er... a dura realidade sobrepujou a inocência feliz e me dei conta que o que tinha a frente era apenas um grupo de jovens bêbados que tentava a duras penas fazer seu trabalho.
O Zach era o pior. Chegou simplesmente a virar para a platéia e dizer que não tinha condições de cantar. Que pena que ele era o vocalista e eu tinha ido lá pra ouvir a banda! Lá pelas tantas (o tantas se refere as horas, porque músicas foram poucas) encarnando o vodkalista, após diversas paradas, batidas no peito e anúncios de "eu não consego cantarrr", ele teve a brilhante ideia de convidar o público para subir pra cantar com ele.
Sim, óbvio. O tênue equilíbrio se partiu, jovens ensandecidos subiram no palco e não me perguntem o que exatamente aconteceu lá em cima. Do resultado da conta o que soubemos foi que roubaram um microfone, sumiu um instrumento da banda, e suspeito que um dos acordeons foi quebrado.
Confiram comigo no replay em três lances: subida, ataque e descida.




Os músicos pararam, a produção exigiu o microfone e o instrumento de volta, a plateia ensaiou gritos de "devolve!" mas nada aconteceu. Arranjaram outro microfone, eles tocaram mais alguma coisa e foram embora. Alguns timidamente pediam bis da tragicomédia do Beirut enquanto eu saia do teatro de saco cheio com o bando de meninos bêbados. Se o Zach não podia cantar pelo menos tivesse feito malabarismo pra gente, dançasse um samba, compartilhasse a bebida...
Fumando um cigarro (dado de mal gosto, o que suspeito ter sido a causa da dor de garganta que me assolou nos dois dias seguintes) enquanto curtia minha dor de cabeça (sim, o show conseguiu) ainda soube que o Zach voltou e tentou tocar mais alguma coisa sozinho mas eu não tinha mais paciência nem vontade. Deixa pra lá, preferi ouvir Beirut em casa e continuar gostando da banda.

Fotos conseguidas pela Ju que estava comigo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Diz o Gandhi

"Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo."

E só assim há grande mudança.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Neuromancer

"Oi. Tá tudo bem comigo, mas as coisas estão ficando sem graça. Já paguei a conta. Acho que é a maneira como eu sou formatada. Se cuida, tá? Beijocas, Molly"

Nem soube a cor dos olhos dela. Ela nunca mostrou.

Case nunca mais viu Molly.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Entre o céu e a terra

Existe mais do que julga nossa vã ciência.

Desacreditei semana passada que poderia desenhar um dia. Ontem sonhei que desenhava, com detalhes, com muita qualidade. De algum modo minha consciência estava lá e o melhor, foi mais do que um momento. Eu via, me espantava com meu saber mas continuava com firmeza. Continuava a desenhar e minha consciência continuava a assistir. Não! Era melhor, ela participava, EU desenhava! Perspectivas, sombras...
Que tipo de acesso fiz ao meu cérebro... ao meu cérebro? Nada sei...
aliás, sei que posso desenhar.