
Terminei de ler Ensaio sobre a lucidez de Saramago. É uma história que, algo que a maioria desconhece, narra fatos pós cegueira branca, retomando inclusive alguns personagens.
Muitas risadas até pra lá do meio: gosto do humor de Saramago. Antes do fim, porém, resolveu tocar fogo em minha esperança e sapatear sobre a minha inocência. Ao primeiro ato, concretizado numa chuva de panfletos, foi inevitável chorar pela beleza da lucidez do comissário. Quanto ao segundo, foi como ter a inocência reperdida. As desgraças que se sucedem são conhecidas, mas poder assisti-las de fora, é uma oportunidade única que faz você crescer. Paradoxalmente a ficção faz a realidade mais densa. Triste o tempo em que crescer é sinônimo de perder a inocência.
E terminou assim, com esperança e dor como duas chagas abertas, uma fazendo doer a outra, pela incapacidade de deixar a outra cicatrizar. Melhor assim que descrer de vez.
Muitas risadas até pra lá do meio: gosto do humor de Saramago. Antes do fim, porém, resolveu tocar fogo em minha esperança e sapatear sobre a minha inocência. Ao primeiro ato, concretizado numa chuva de panfletos, foi inevitável chorar pela beleza da lucidez do comissário. Quanto ao segundo, foi como ter a inocência reperdida. As desgraças que se sucedem são conhecidas, mas poder assisti-las de fora, é uma oportunidade única que faz você crescer. Paradoxalmente a ficção faz a realidade mais densa. Triste o tempo em que crescer é sinônimo de perder a inocência.
E terminou assim, com esperança e dor como duas chagas abertas, uma fazendo doer a outra, pela incapacidade de deixar a outra cicatrizar. Melhor assim que descrer de vez.