terça-feira, 2 de junho de 2009

Da identidade

Ambígua como é de sua natureza.
Verdade inevitável e, só pra ser ironicamente engraçada, intangível.
Porque nossa identidade voa por aí na imaginação de quem imagina.
Anárquica, mentirosa e filha.

Se de outro modo quisesse faria contas, mas não poemas ou canções.
Rasgaria o português, esmigalhando as palavras para além das sílabas, das letras.
E faria apenas contas.
Mas lembro de escrever pra não esquecer de mim.

Pra fazer um poema reto é preciso não ter cara nem nome.
Mas quem precisa de um poemo reto?